Bate papo com o piloto Henrique Navarro no Blog Na Base

O piloto mineiro Henrique Navarro colou NA BASE e contou pra gente um pouco da sua vida, sua trajetória e seus planos para o futuro! Prepare-se para uma história de amor e muitas conquistas!

NA BASE: Como o voo a vela apareceu na sua vida?
HN: Meu tio foi um dos fundadores do AMP – Aeroclube Mineiro de Planadores, e meu irmão gêmeo, o Alexandre, adorava planadores e foi meu instrutor. Ele me salvou pois se não fosse o voo a vela eu teria me matado fazendo besteiras em ultraleves.

NA BASE: Qual sua primeira lembrança, você lembra do seu primeiro voo?
HN: Meu tio me levou para voar de Nhapecam quando eu tinha 17 anos. Me lembro dele falando ainda dentro da cabine que “você voa bem, deveria seguir com o voo a vela”. Infelizmente aquele não era o momento e só retornei ao voo a vela 7 anos depois. Até hoje me arrependo desse tempo perdido, mas não tem jeito, cada coisa tem o seu tempo.

NA BASE: Como foi seu voo solo?
HN: Solei com 4 horas de voo um ultraleve, achei fácil, mas ultraleves são fáceis mesmo, qualquer um voa. Depois fui no AMP, fiz dois voos de Neivão e meu irmão me solou. Fui a 3.000 metros e achei que era normal ir tão alto assim. Nunca mais fui a 3.000 em Para de Minas.

NA BASE: O que o voo a vela significa pra você?
HN: Junto com a minha família, é simplesmente a coisa mais importante da minha vida, ponto.

 

NA BASE: O que você espera do voo a vela brasileiro nos próximos anos?
HN: Que floresça, que novos talentos apareçam, que recordes sejam batidos, que novos locais sejam descobertos.

NA BASE: Quais seus recordes? Qual dele foi seu maior desafio?
HN: Eu bati 26 recordes Brasileiros de planador, de distância e de velocidade. Alguns são especiais pois acho que vão durar muito tempo, como (1) o de velocidade em triângulo FAI de 500/300/100km a 161 km/h com o meu amado Nimbus 4T “N1”; e (2) o de velocidade em triângulo FAI de 300/100km a 108 km/h com o ASK21. É difícil dizer desses 26 recordes qual foi mais desafiador, mas a marca de 1.002 km que fiz com o Nimbus 3T “XX” foi sem dúvida especial – o primeiro 1.000 km feito no Brasil fora do Nordeste.

Henrique Navarro decolando com o Nimbus 4T “N1” em Formosa/Go (Foto: CAB)

NA BASE: Quais são seus maiores desafios para o futuro?
HN: Melhorar como piloto, e continuar passando adiante para os mais novos (de idade e de espírito) o que eu ainda vou aprender. Bater mais recordes e ganhar mais campeonatos. Representar bem o Brasil em Campeonatos Mundiais.

Henrique Navarro em Bebedouro/SP

NA BASE: Como foi a experiência de escrever seu livro?
HN: Foi realmente incrível. Eu sempre me importei com o aspecto da instrução, de passar adiante as coisas que aprendi. Prova disso é que das 4.000 horas que tenho de planador, cerca de 1.000 são dando instrução. E o livro veio a completar isso, é como se eu pudesse falar com vários pilotos que normalmente não conseguira ter contato, ou ter o tempo necessário para discutir com profundidade alguns temas. No livro eu realmente me expus de uma maneira que geralmente não faço, mas essa era a única maneira do livro ser honesto, no sentido que tudo o que eu sei está ali, nada ficou escondido na manga. O que significa que tenho que aprender coisas novas agora.

Livro Voo a Vela – Voando mais rápido e mais longe – Henrique Navarro – Editora ASA

 

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3 comentários em “Bate papo com o piloto Henrique Navarro no Blog Na Base”

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