No final dos anos 70, a Glasflügel iniciou uma colaboração com o designer industrial Kirchner, de Colônia. Kirchner fez um estudo futurista de como poderia ser a cabine do piloto de um planador no futuro, com ênfase em ergonomia. Tudo foi projetado ergonomicamente. Os instrumentos eram digitais e exibidos em um HUD (Head Up Display).
A empresa revelou sua “máquina dos sonhos”, que apresentava um cockpit raso que abria para frente, painel de instrumentos com push-button onde todas as informações aparecem digitalmente em um visor de cristal (LCD) “heads-up” transparente.
O painel de instrumentos LCD era o recurso mais notável. Sob o controle do microprocessador, todos os dados primários de voo são apresentados digitalmente na tela transparente e os dados de voo secundários, como speedto-fly ou distância, podem ser acessados a critério do piloto.
Os dados disponíveis nesse display são:
1. velocidade do ar
2. speed to fly
3. altura
4. altura para planeio final
5. título
6. curso
7. áudio vario
8. subida média
9. distância a percorrer (no planeio final)
10. tacômetro (planadores motorizados)
11. temperatura do óleo e do cilindro (planadores motorizados)
O assento foi contornado para se ajustar e fornecer suporte máximo para o corpo do piloto, e os controles de voo são esculpidos, moldados para caber na mão. O controle de inclinação e rotação é feito por meio de um controlador lateral.
O objetivo da GLASFLÜGEL neste trabalho era disponibilizar ao piloto máximo o máximo conforto e facilidade de controle, minimizando as distrações visuais entre o cockpit e o mundo lá fora.
Seria esse o planador do futuro? O futuro do voo a vela? O que podemos esperar da tecnologia embarcada em nossos planadores no futuro?
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Fonte: Free flight Magazine – 3 de maio de 1981